um livro, uma porta aberta aos sonhos

terça-feira, 3 de junho de 2014

Acho que não sou uma mãe muito ansiosa, pelo menos não tanto quanto provavelmente incentivei, enquanto psicóloga em início de carreira, algumas mães a serem. Os ritmos e as rotinas eram importantíssimos para crianças e pais, mais que o prazer de se estar. Não haveria grandes margens e a flexibilidade era perigosa, porque podia gerar aprendizagens... de birras, de manhas e outras artimanhas.
Claro que hoje continuo a dar-lhes a sua importância, mas não se sobrepõem às nossas prioridades nem aos nossos tempos, mesmo que sejam de pausa.
Hoje o meu filho pediu-me uma história, a mesma que lhe contei ontem 4 vezes, a mesma que fez questão de levar consigo para casa da avó e de trazer novamente. Já era tarde quando jantamos, já passava da hora quando fomos pela 2a vez ao bacio, já não justificava a ultima dose de pasta para escovar os dentes, mas teve que se encontrar tempo para a história. É que ele nem tão pouco sabe dizer "mamã, uma história, por favor". Disse apenas " mamã, Fé", e agarrou no livro com um dia de existência na nossa companhia e já de capa rasgada, aquele que simplesmente conta a épica aventura de Fred, um pinguim Ozzie Boo que chuta a bola com força demais e a atira à água gelada do Artico, subiu para cima da cama e pediu "Mamã, abe pó" e eu abri a porta-capa do livro e li a sorrir.
Inês Vinagre. Com tecnologia do Blogger.

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copyright Inês Vinagre

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