Uma ideia comum à maioria das pessoas nos dias que correm, é que para se ser feliz temos de fugir ou afugentar o que é negativo, triste, aterrador... Não é bem assim.
Pensar negativo ou positivo será igualmente inútil enquanto não se der como provado o controlo da realidade com a mente ou a adivinhação do futuro. Mas também igualmente úteis. O pensar positivo contribui para a nossa noção de autoeficácia e conduz a nossa acção. O pensar negativo obriga-nos a sermos conscientes das nossas limitações e a procurar reduzir a probabilidade de falhar, por exemplo através da responsabilização.
Do mesmo modo que em relação a pensamentos, também as emoções são importantes em todo o seu espectro possível. Se analisarmos apenas as 4 básicas, veremos que:
Do mesmo modo que em relação a pensamentos, também as emoções são importantes em todo o seu espectro possível. Se analisarmos apenas as 4 básicas, veremos que:
- A tristeza nos ajuda a identificar as perdas que são significativas para que as possamos integrar na nossa realidade, ainda que por vezes nos obrigue a algum recolhimento e reflexão. Sem ela, trataríamos tudo pela mesma bitola, e perder uma camisola seria tão significativo como perder um amigo...
- A raiva ou a zanga permite perceber onde estão definidos os nossos limites e como os outros poderão estar a ultrapassá-los, protegendo-nos e aos nossos direitos.
- A alegria contagia e aproxima quem nos rodeia, porque partilhar a felicidade multiplica-a...
- E por último, a ansiedade. É ela a derradeira protectora do nosso bem-estar. Identifica e alerta qualquer ameaça ao que damos valor: vida, saúde, família, trabalho, reconhecimento, ausência de dor. Nem sempre o faz oportunamente, nem na intensidade ajustada, e sem dúvida que os seus métodos de chamada de atenção para o perigo são tão agradáveis como um berbequim numa manhã de domingo, mas são indiscutivelmente úteis e fundamentais para a nossa sobrevivência e conquista dos nossos objectivos.